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‘Se você não mudar, você morre’, diz consultora de inovação do Vale do Silício sobre empreendedorismo em Uberlândia

Michelle Messina explicou o modelo de negócio de startups na Califórnia, nos Estados Unidos, em palestra realizada na Associação Comercial e Industrial de U...

‘Se você não mudar, você morre’, diz consultora de inovação do Vale do Silício sobre empreendedorismo em Uberlândia
‘Se você não mudar, você morre’, diz consultora de inovação do Vale do Silício sobre empreendedorismo em Uberlândia (Foto: Reprodução)

Michelle Messina explicou o modelo de negócio de startups na Califórnia, nos Estados Unidos, em palestra realizada na Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub). Além disso, Messina ainda abordou o modelo de liderança para o sucesso. Michelle Messina para grupo de empresários em Uberlândia Guilherme Gonçalves/g1 Grande nome do Vale do Silício, região que abriga as principais startups e empresas globais de tecnologia do mundo na Califórnia, Estados Unidos, Michelle Messina palestrou para um grupo de empresários de Uberlândia nesta quinta-feira (10). O evento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) abordou como empresas tradicionais podem adotar o modelo mental de agilidade de startups. Além disso, Messina ainda abordou o modelo de liderança para o sucesso. ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no Instagram Como funcionam as startups do Vale do Silício De acordo com a consultora de inovação e negócios, o Vale do Silício tem características únicas para o desenvolvimento das empresas, onde boa parte delas se ajudam mutuamente. “Viajei para 65 países e nunca vi nada igual em termos culturais, econômicos e oportunidades de investimento. Não é fácil conseguir dinheiro para iniciar uma startup, mas não importa de onde você venha, qual o seu interesse, o seu nível de inglês, não importa, estamos sempre abertos a oportunidades de negócio”, afirmou. Para ela, outro ponto de destaque é o conhecimento tirado de universidades e de pequenos empreendedores a partir de boas ideias e o compartilhamento de conhecimentos. “Existem algumas empresas no Vale do Silício que às vezes nem tem sede lá, mas são usadas para a conexão com startups. Mentoria é muito importante e é justamente isso que não existe em muitos países que visitei. Isso ajuda a conectar empresas tradicionais às startups”. Michelle Messina ao lado de Fábio Túlio, presidente da Aciub, durante bate-papo com empreendedores. Guilherme Gonçalves/g1 O produto e a abertura de empresas Ainda conforme Michelle Messina, a abertura de uma empresa no Vale do Silício é muito rápida. O registro todo é feito pela internet. “Você registra a empresa, submete todos os documentos e o software envia todos os trâmites e documentações para que a empresa seja aberta”, disse a especialista. No entanto, não basta apenas abrir uma empresa. Para que ela tenha sucesso é preciso ter boas ideias, um bom planejamento, mas principalmente, insistência. “O mercado quer esse produto? O mercado é grande o suficiente para absorver esse produto? A maior parte dos empreendedores empreendem em série, ou seja, já investiram em diversos negócios que faliram ou foram vendidos próximos da falência. O empreendedor tem que descobrir por si mesmo como o fracasso faz parte. E os bons empreendedores já falharam alguma vez”. LEIA TAMBÉM: Collab Inovação 2025 reúne grandes nomes do mundo empresarial UFU abre concurso para professor com salários de até R$ 13,2 mil Uberlândia receberá Data Center de IA com aporte bilionário A liderança que garante o sucesso Apesar da facilidade na abertura de empresas e a troca de informações, Messina afirmou que é comum que a maioria das startups do Vale do Silício entrem em falência ou sejam incorporadas a outras maiores antes de completarem cinco anos. E conforme ela, a causa disso é a falta de planejamento e a zona de conforto de quem lidera a equipe. “É preciso sair da zona de conforto e perceber que existem muitas pessoas boas lá fora. A maioria das empresas morre de suicídio e não de homicídio. A falha está na decisão dos fundadores sobre produtos e mercados, modelo de negócios e a principal delas, não saber onde quer estar em 5 ou 10 anos. Muitas empresas se afundam por determinações dos fundadores no início do negócio”. Michelle Messina ainda afirmou que as oportunidades, a falta de desenvolvimento e o excesso de protecionismo são fatores prejudiciais ao crescimento de uma empresa. “As empresas têm que encarar vários desafios, é preciso proteger o seu mercado, mas também separar tempo e recurso para novas direções. Se você não mudar, você morre. Se você não mudar, outra empresa chegará e abocanhará o seu mercado”, finalizou. Uberlândia terá data center de IA com investimento de R$ 6 bilhões 📲 Siga o g1 Triângulo no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas