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Menina de 4 anos achada morta dentro de cacimba: MPPE devolve inquérito e pede novas diligências à Polícia Civil

Esther Izabelly, de 4 anos, foi encontrada morta dentro de cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife Acervo pessoal/Reprodução O Ministério Públic...

Menina de 4 anos achada morta dentro de cacimba: MPPE devolve inquérito e pede novas diligências à Polícia Civil
Menina de 4 anos achada morta dentro de cacimba: MPPE devolve inquérito e pede novas diligências à Polícia Civil (Foto: Reprodução)

Esther Izabelly, de 4 anos, foi encontrada morta dentro de cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife Acervo pessoal/Reprodução O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devolveu à Polícia Civil, nesta terça-feira (9), o inquérito sobre o assassinato de Esther Izabelly Pereira da Silva, a menina de 4 anos encontrada morta dentro de uma cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Com isso, a promotoria pediu que a 10ª Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, faça novas diligências. O crime aconteceu em 21 de outubro, no bairro do Pixete. O corpo da criança foi localizado por um tio com a ajuda dos bombeiros e de vizinhos, um dia depois que ela desapareceu (saiba mais abaixo). ✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp A investigação foi concluída na semana passada, com o indiciamento de duas pessoas: Fernando Santos de Brito e Uilma Ferreira dos Santos. De acordo com a polícia, ele foi responsável por matar a garota e contou com a ajuda da mulher para esconder o corpo. Os dois negam participação no crime, segundo a corporação. O relatório do inquérito policial foi entregue ao Ministério Público no início de dezembro. O g1 tenta contato com as defesas de Uilma Ferreira dos Santos e Fernando Santos de Brito. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Procurado, o MPPE informou que a Promotoria de Justiça Criminal de São Lourenço da Mata requisitou "diligências complementares e imprescindíveis para o oferecimento da denúncia". A instituição não detalhou quais diligências foram solicitadas. Segundo o órgão, a medida foi tomada com o objetivo de "alcançar todos os crimes perpetrados e imputando devidamente as condutas aos seus autores". O MPPE informou, ainda, que, em 4 de dezembro, requereu à Justiça a prorrogação da prisão temporária de Uilma Ferreira dos Santos, mas o pedido foi negado pela Justiça no dia seguinte. O outro suspeito continua preso de forma preventiva. Também procurada, a Polícia Civil confirmou que recebeu a solicitação da promotoria e disse que vai cumprir as orientações do MPPE. LEIA TAMBÉM 'Pior experiência da minha vida', disse tio após encontrar corpo da vítima 'Era meu xodó', declarou pai da garota Dinâmica do crime, segundo a polícia Esther Izabelly foi encontrada morta em 21 de outubro, dentro de uma cacimba localizada no quintal de uma casa na comunidade onde morava com a família. Um preservativo foi encontrado ao lado do corpo, mas a investigação descartou que ela tenha sofrido um estupro, já que não foram encontrados indícios de violência sexual na vítima. De acordo com a polícia, a causa da morte foi traumatismo craniano. Fernando Santos de Brito foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver. Já Uilma Ferreira dos Santos, apenas por ocultação de cadáver. O irmão de Fernando, Fabiano Rodrigues de Lima, chegou a ser preso durante as investigações, mas, por falta de provas, não foi indiciado. Apesar de ter apontado a autoria, a polícia informou que não sabe, até o momento, qual foi a motivação do crimes e todos os envolvidos negaram envolvimento no caso. Conforme a delegada Juliana Bernart, os indícios da investigação apontam que a dinâmica do crime aconteceu da seguinte maneira: Esther estava em casa com a mãe e os irmãos no dia 20 de outubro; a mãe, amigos e familiares estavam bebendo e Fernando Santos de Brito, vizinho da família, se juntou ao grupo; por volta das 16h, as crianças pediram para jogar futebol em um campinho próximo; algum tempo depois, Fernando disse que iria comprar cerveja e foi embora da casa; no começo da noite, a mãe se deu conta do sumiço de Esther e começou a procurá-la com a ajuda de vizinhos; um dos irmãos da menina contou à família que ela foi levada por um homem e apontou a casa de Fernando; vizinhos foram até o local e encontraram Fernando nu. Ele justificou que encontrou uma mulher no bar e a levou para casa para ter relações sexuais; Uilma, que não estava na casa no momento do crime, foi até o local e começou a se desfazer dos móveis durante um protesto que os vizinhos realizaram após o desaparecimento da garota; a mulher, que era parceira de Fernando, iniciou uma faxina no quarto dele, lavou a casa, e pediu a ajuda de Fabiano, que também morava no local; a corpo de Esther foi encontrado submerso numa cacimba, na casa dos irmãos, na manhã do dia 21 de outubro; a cacimba estava fechada com uma placa de concreto e tem cerca de 3,7 metros de profundidade. A delegada contou, ainda, que Uilma tinha um relacionamento conturbado com Fernando. Vizinhos contaram à polícia que ele era usuário de drogas e tinha comportamento agressivo ao beber. Segundo ela, Uilma morava com a dupla na casa onde aconteceu o crime, mas se mudou há cerca de dois meses por sofrer violência doméstica. Juliana Bernart disse acreditar que Fernando pediu a ajuda dela para ocultar os vestígios da morte de Esther. A mulher chegou a ligar para Fabiano, na manhã seguinte ao crime, para contar que a menina tinha sido vista viva em outro local e bloqueou o número do cunhado após o contato. A ligação telefônica foi um dos elementos considerados pelos investigadores como indício da participação dela e da inocência de Fabiano. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias