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María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, ganha o Prêmio Nobel da Paz

Líder da oposição venezuelana é escolhida para o Nobel da Paz O Prêmio Nobel da Paz de 2025 foi para a líder da oposição na Venezuela. María Corina Mac...

María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, ganha o Prêmio Nobel da Paz
María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, ganha o Prêmio Nobel da Paz (Foto: Reprodução)

Líder da oposição venezuelana é escolhida para o Nobel da Paz O Prêmio Nobel da Paz de 2025 foi para a líder da oposição na Venezuela. María Corina Machado tem longa estrada na política. Ganhou ainda mais destaque ao desafiar o ditador Nicolás Maduro. Candidatou-se à presidência nas eleições de 2024, mas foi impedida de concorrer. No lugar, quem disputou foi Edmundo González Urrutia. Corina afirmou que ele foi vencedor da eleição considerada fraudulenta por parte da comunidade internacional e apresentou mais de 80% das atas eleitorais. O regime de Maduro descumpriu o compromisso assumido, inclusive com o Brasil, de apresentar os documentos que comprovassem a vitória. Desde então, integrantes da oposição foram perseguidos e presos. Muitos deixaram o país, e Corina Machado permanece escondida na Venezuela. Nesta sexta-feira (10), o comitê do prêmio destacou a luta de Corina pelos direitos humanos. Disse que ela é “um dos exemplos mais extraordinários dos últimos tempos de coragem civil na América Latina”. O anúncio do Nobel da Paz volta a jogar luz na longa crise política da Venezuela. Onze anos atrás, o correspondente Rodrigo Carvalho teve a oportunidade de entrevistar a então deputada María Corina Machado em Caracas. Foi em março de 2014. A insatisfação nas ruas se espalhava. “A América Latina avança e a Venezuela retrocede. Claro que queremos diálogo. O diálogo é a essência da democracia”, disse Maria Corina na ocasião. Naquele mesmo ano, foi destituída do mandato e impedida de entrar no Parlamento, mas continuou na política. Um emocionado secretário do comitê do Nobel informou Corina sobre a premiação. Ela disse: “Meu Deus. Eu não tenho palavras. Muito obrigada, mas espero que vocês entendam que isso é um movimento. É uma conquista de toda uma sociedade. Eu sou apenas uma pessoa e certamente não mereço isso”. A venezuelana foi indicada ao Nobel pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, quando ele ainda era senador. Uma ironia porque o agora chefe de Rubio, o presidente Donald Trump, chegou a dizer que merecia ganhar o prêmio. Nesta sexta-feira (10), a Casa Branca não parabenizou a venezuelana. Preferiu dizer que a escolha “mostra que a premiação coloca a política acima da paz”. Na primeira declaração após o anúncio, Corina fez menção ao presidente americano: “Estamos às portas da vitória e, hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, o povo dos Estados Unidos, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia”. Horas mais tarde, também em uma rede social, ela publicou uma carta e agradeceu o prêmio em nome do povo venezuelano - desta vez, sem citar o nome de Trump. Afirmou que há 26 anos a população sofre com a violência e a humilhação nas mãos de uma tirania: “Esse prêmio é um impulso único para completar nossa tarefa”. María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, ganha o Prêmio Nobel da Paz Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Nobel da Paz apura suspeita de vazamento após nome de María Corina Machado bombar em site de apostas horas antes de anúncio Prêmio Nobel da Paz 2025 vai para María Corina Machado por sua luta pela democracia na Venezuela Sandra Cohen: Nobel da Paz para María Corina Machado deslegitima o regime de Maduro