Manifestantes ocupam Av. Paulista em protesto contra tarifaço imposto por Trump ao Brasil e pela taxação dos super-ricos
Participantes se concentraram em frente ao Masp desde as 18h desta quinta-feira (10). Muitos usavam verde e amarelo e a camisa da Seleção de futebol. Às 19h3...

Participantes se concentraram em frente ao Masp desde as 18h desta quinta-feira (10). Muitos usavam verde e amarelo e a camisa da Seleção de futebol. Às 19h30, o momento de maior concentração de público, havia cerca de 15,1 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Político do Cebrap. Grupo faz ato contra super-ricos em SP Manifestantes ocuparam os dois sentidos da Avenida Paulista em frente ao Masp na noite desta quinta-feira (10). Eles protestaram contra o aumento das tarifas de importação determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a favor da taxação, pelo Congresso Nacional, dos super-ricos e pelo fim da escala 6x1. O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, além de partidos de esquerda. A concentração começou por volta das 17h, e às 21h o protesto já havia encerrado. Por volta das 18h20, os dois sentidos da Avenida Paulista, em frente ao Masp, estavam tomados de manifestantes. Às 19h30, o momento de maior concentração de público, havia cerca de 15,1 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common, que consiste em usar imagens da multidão, capturadas por drones. Em 29 de junho, uma manifestação pró-Bolsonaro no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas, também de acordo com o Monitor. Os participantes, muitos usando verde e amarelo e a camisa da Seleção de futebol, gritavam "soberania brasileira" e "sem anistia", quando citam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e criticavam também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Trump. Os cartazes tinham mensagens como "Congresso inimigo do povo", "Brasil com 's' de soberano" e pelo fim da escala 6x1. Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Erika Hilton (PSOL) e Luciene Cavalcante (PSOL) e o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) estavam no ato e discursaram. Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Reprodução/TV Globo Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Manifestantes se reúnem no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, região central da capital ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Reprodução/TV Globo Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Reprodução/TV Globo Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Reprodução/TV Globo Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Reprodução/TV Globo Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Ato contra super-ricos na avenida Paulista nesta quinta-feira (10) Deslange Paiva/g1 Taxação dos super-ricos Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano. A projeção do governo é de arrecadar R$ 25,22 bilhões em 2026 com essa mudança – valor próximo aos cerca de R$ 26 bilhões que serão perdidos, na arrecadação, com a isenção até R$ 5 mil. Ambas as medidas, se aprovadas, têm validade a partir de 2026. De acordo com interlocutores da área econômica, no cálculo do imposto adicional a ser cobrado dos super ricos, soma-se toda a renda recebida no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Governo anuncia aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Entretanto, alguns rendimentos são excluídos na hora de calcular o imposto devido, como: ganhos com poupança, títulos isentos, herança, aposentadoria pensão de moléstia grave, venda de bens, outros rendimentos mobiliários isentos indenizações. Veja as alíquotas a serem cobradas: Renda anual entre R$ 600 mil e R$ 750 mil: alíquota de 2,5%; imposto mínimo a pagar de R$ 18.750 Renda anual entre R$ 750 mil e R$ 900 mil: alíquota de 5%; imposto mínimo a pagar de R$ 45 mil Renda anual entre R$ 900 mil e R$ 1,05 milhão: alíquota de 7,5%; imposto mínimo a pagar de R$ 78,75 mil Renda anual entre R$ 1,05 milhão e R$ 1,2 milhão: alíquota de 10%; imposto mínimo a pagar de R$ 120 mil A cobrança será feita apenas pela diferença entre o que já foi pago e o valor devido, respeitando as alíquotas novas. Por exemplo, se um contribuinte com R$ 1,2 milhão anuais pagou 8% de IR, terá que pagar apenas mais 2% para atingir os 10%. Se já pagou acima de 10%, não tem de pagar nada a mais.