cover
Tocando Agora:

Família espalha outdoors pedindo Justiça por advogada encontrada morta em apartamento de Cuiabá

Familia da advogada Vivianne de Souza Fidelis, que foi encontrada morta há três meses, espalhou outdoors pelas ruas de Cuiabá Reprodução A família da advo...

Família espalha outdoors pedindo Justiça por advogada encontrada morta em apartamento de Cuiabá
Família espalha outdoors pedindo Justiça por advogada encontrada morta em apartamento de Cuiabá (Foto: Reprodução)

Familia da advogada Vivianne de Souza Fidelis, que foi encontrada morta há três meses, espalhou outdoors pelas ruas de Cuiabá Reprodução A família da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, que foi encontrada morta há três meses, espalhou 10 outdoors pelas ruas de Cuiabá com a frase “Justiça por Viviane”. O caso foi tratado pela polícia como provável suicídio, no entanto, a mãe acredita que a filha foi assassinada. Neste mês, o Ministério Público pediu uma nova investigação para esclarecer as circunstâncias da morte. Ao g1, a Polícia Civil informou que o caso segue em investigação e todas as diligências necessárias para o esclarecimento dos fatos estão sendo realizadas, incluindo as novas perícias solicitadas pelo Ministério Público. Em nota, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou que concluiu o exame complementar de necropsia, requisitado pelo MPE, e que os vestígios biológicos coletados no corpo da vítima estão em processamento. Nenhum resultado foi divulgado até a publicação desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp O caso Viviane Souza Fidelis, de 30 anos, encontrada morta em Cuiabá Reprodução O corpo da advogada foi encontrado por vizinhas e pelo ex-namorado dela, dentro do apartamento onde morava, no dia 17 de setembro. À época, equipes das Polícia Militar e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estiveram no local. Em entrevista ao g1, a mãe da vítima, Sheyla Regina Barros de Souza, que também é advogada e está à frente do caso, contou que só soube da morte da filha no dia 18 de setembro, um dia após o ocorrido, e que o ex-namorado foi quem conduziu a situação. Sheyla relatou que o último contato com a filha foi na terça-feira (16). No dia seguinte, enviou mensagens, mas Viviane só visualizou e não respondeu. Segundo ela, a preocupação aumentou na quinta-feira (18), quando Sheyla contatou o ex-genro e ele pediu para ter uma reunião com a família. "Eu já desesperada falei: 'o que você fez com a minha filha?'. Ele falou assim: 'Ah, eu não fiz nada com a sua filha, dona Sheila, eu a tratei como uma princesa. Mas ela ficava falando do fim do mundo e quando eu cheguei lá já tinha acontecido'', relatou a mãe. Sheyla disse que o objetivo da família com a nova investigação é esclarecer a morte da filha. "Não estamos acusando ninguém, mas tem muitas pontas soltas, então isso precisa ser investigado com a seriedade que tem de ser", pontuou. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Inconsistências Entre as inconsistências apontadas pela mãe da advogada estão: Falhas na coleta de provas; atraso de 33 dias para realização do exame toxicológico; material comprometido pela ausência de conservante; material das unhas da vítima não coletado; digitais não coletadas e cinto encontrado no pescoço da vítima não recolhido; alteração do local do crime por testemunhas. Sheyla contou que, segundo o depoimento de uma vizinha, o ex-namorado interfonou várias vezes para o apartamento de Viviane, mas não teve respostas. Em seguida, ele teria pedido ajuda a uma vizinha para chamar a vítima, momento em que a moradora encontrou a advogada morta. "Viviane foi encontrada pela vizinha pendurada na maçaneta do banheiro, de joelhos e de costas para a porta", disse. Ainda segundo a Sheyla, o ex teria entrado no prédio e movido o corpo antes da chegada da polícia, já que o laudo policial descreve o corpo estendido no chão. Sheyla relatou que a filha vivia um relacionamento marcado por ciúmes excessivos e atitudes de controle por parte do ex-namorado, como a exigência de fotos para comprovar onde estava, o afastamento de amigos e a remoção de perfis masculinos das redes sociais. Apesar dos apontamentos feitos pela família, a polícia não apontou nenhum suspeito. Ao g1, o ex-namorado de Viviane contou que já foi ouvido pela polícia como testemunha e que permanece à disposição das autoridades. Ele afirmou ainda que não quer mais comentar sobre o caso para a imprensa. “Me solidarizo com a família por essa tristeza, pois amei muito a Viviane. Ela era uma grande mulher e uma excelente profissional, que faz muita falta”, declarou. Os próximos passos De acordo com a promotora Élide Manzini de Campos, o Ministério Público solicitou uma nova necrópsia, já concluída, e aguarda agora os resultados de exames laboratoriais e de citologia para serem anexados ao processo. Também foi realizada a extração dos dados do celular da advogada Viviane, que ainda serão analisados pela delegacia, além da elaboração de um novo laudo do local da morte. O inquérito terá andamento após a junção de todas as perícias e, com a análise dos resultados, será possível qualificar as circunstâncias da morte da advogada, segundo a promotora. *Sob supervisão de Kessillen Lopes