Chefe do PCC é preso na Bolívia após cinco anos foragido
Após ser descoberto com documento falso, ele será julgado na Bolívia, que pode optar por extradição ou expulsão. Polícia da Bolívia prende foragido apon...

Após ser descoberto com documento falso, ele será julgado na Bolívia, que pode optar por extradição ou expulsão. Polícia da Bolívia prende foragido apontado com um dos chefes do PCC A polícia da Bolívia prendeu um foragido da Justiça brasileira apontado como um dos chefes do PCC. O homem de camisa rosa cercado por policiais bolivianos era procurado havia cinco anos pelas autoridades brasileiras e estava na lista de fugitivos da Interpol. Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, tentava renovar o documento de cidadão estrangeiro, numa sede do Serviço Geral de Identificação, em Santa Cruz de la Sierra. Tuta apresentou um documento brasileiro falso com o nome Maycon Gonçalves da Silva. O que ele não sabia é que esse nome também já estava nos bancos internacionais de dados. Chefe do PCC é preso na Bolívia após cinco anos foragido. Jornal Nacional O agente boliviano então acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra, que, por sua vez, mandou a informação para a central da Interpol em Brasília. Com o cruzamento de dados, os agentes brasileiros confirmaram que se tratava de um foragido da Justiça. Tuta então foi preso. “Aqui eu ressalto a importância, uma vez mais, da nossa base de dados biométrica, que permitiu, praticamente em tempo real, retornar a informação ao nosso oficial de ligação lá em Santa Cruz e aos colegas da polícia da Bolívia, informando tecnicamente quem era exatamente aquela pessoa”, diz Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. Marcos Roberto de Almeida estava foragido desde 2020, quando foi alvo de uma operação em São Paulo que investigava a cúpula da facção. Aqui no Brasil, ele já foi condenado a doze anos por organização criminosa e ainda responde a outro processo também por lavagem de dinheiro do tráfico. Existem dois mandados de prisão contra ele em aberto. Atualmente, o Tuta era apontado pelo Ministério Público paulista como um dos principais chefes do PCC. E ele já chegou a ser considerado o número um, quando Marcos Camacho, o Marcola, foi transferido para um presídio federal. Segundo o promotor que investiga a atuação de grupos criminosos em São Paulo, a facção tentou espalhar informações falsas: primeiro, de que Tuta tinha sido expulso do grupo, e, depois, de que estaria morto. “Mas, segundo nós apuramos, isso era uma contra-informação do próprio PCC para que ele não fosse incomodado, fosse esquecido pela polícia e pelo Ministério Público”, conta Lincoln Gakiya, promotor de Justiça de São Paulo. No domingo (18), Marcos Roberto de Almeida passará por uma audiência na Justiça da Bolívia, que vai definir a situação dele. Segundo a Polícia Federal brasileira, se ele for expulso do país, um avião da PF poderá buscá-lo. O processo para trazer o criminoso ao Brasil será mais longo se for preciso pedir a extradição. “Se a decisão for pela expulsão, aí sim estimamos que o prazo é curtíssimo, eu diria quase que imediato, ou dias, para isso ser concretizado”, estipula Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. PF diz já ter aviões prontos para buscar Tuta, chefe do PCC preso na Bolívia Quem é Tuta, substituto de Marcola no comando do PCC, preso na Bolívia