Cartunista do interior de SP vence Prêmio Jabuti 2025 com obra na qual personagem perde memória
Cartunista de Rio Preto conquista prêmio Jabuti 2025 Um cartunista de São José do Rio Preto (SP) foi o vencedor pela primeira vez do Prêmio Jabuti, um dos m...
Cartunista de Rio Preto conquista prêmio Jabuti 2025 Um cartunista de São José do Rio Preto (SP) foi o vencedor pela primeira vez do Prêmio Jabuti, um dos maiores da literatura brasileira. Valmir Orlandeli esteve entre os cinco finalistas pela quarta vez e foi com a obra "Mais uma história para o velho Smith" que ele conquistou a premiação na categoria histórias em quadrinhos. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp A obra, que foi publicada pela editora do autor e contou com o apoio do Programa de Ação Cultural (Proac), retrata a rotina de um marinheiro que perdeu a capacidade de se lembrar de situações e momentos marcantes. Escritor desde 1994, Orlandeli trabalhou em jornais de Rio Preto e publicou livros, quadrinhos e tiras. Sua principal característica é contar histórias que surgem das experiências humanas. Cartunista do interior de SP vence Prêmio Jabuti 2025, um dos maiores da literatura brasileira Reprodução/TV TEM Em entrevista à TV TEM, o cartunista revelou que a inspiração para escrever e desenhar a obra premiada veio da família: o avô de sua esposa, Neco. "Eu tive parentes que também passaram pelo Alzheimer, mas nunca tive uma proximidade tão grande a ponto de presenciar a fase em que a pessoa olha para você com um vazio. O que mais me chamou a atenção no Vô Neco é que, mesmo sem nos reconhecer, ele sabia que nos conhecíamos. Achei isso fascinante; inclusive, há uma frase no livro em que ele diz: 'Agora é assim', mostrando que estava bem resolvido com a situação. Isso me fez refletir para onde foram as nossas memórias, e foi assim que criei a história do velho Smith", comenta o autor. Sua esposa, Cláudia Orlandeli, acompanha todo o processo criativo por trás das obras e se orgulha da conquista alcançada. "Eu acabo acompanhando todo o processo, desde a ideia inicial. Ele sempre comenta, acaba falando alguma coisa comigo. Então, acabo ficando envolvida de forma indireta em todo o processo do livro. É muito legal, sou muito privilegiada por poder participar dessa forma", comenta a gerente comercial. Cláudia Orlandeli acompanha todo o processo criativo por trás das obras do marido Reprodução/TV TEM Para Orlandeli, as histórias são a melhor forma de se conectar com o público. Antes de escrever sobre o Velho Smith, sua trajetória inclui o livro "Chico Bento Alvorada e o Sinal", semifinalista de um prêmio em 2018. Ele também é autor de "Os Olhos de Bartho" (2020) e "A Coisa" (2023), obra que também alcançou a semifinal do mesmo prêmio. "A forma com a qual eu consigo me expressar melhor é através dos quadrinhos e da escrita, o que, para mim, acaba sendo fundamental, inclusive para resolver algumas questões internas. Quando eu faço uma história sobre o Velho Smith, na verdade é algo que eu também estou querendo entender. Então, olha que privilégio é ser autor tanto de literatura quanto de quadrinhos: você mergulha nas suas questões e volta com uma história. Eu me sinto muito privilegiado de trabalhar com isso", comenta o cartunista. Cartunista do interior de SP vence Prêmio Jabuti 2025, um dos maiores da literatura brasileira Reprodução/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM