'Atendimento nunca é prejudicado', diz diretor do CHS após denúncia de médica sobre falta de profissionais na maternidade

Impasse no CHS continua após denúncia sobre falta de médicos na maternidade O diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) afirmou, nesta terça-feira (1...

Impasse no CHS continua após denúncia sobre falta de médicos na maternidade O diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) afirmou, nesta terça-feira (11), que as escalas dos médicos da unidade estão completas e que o atendimento não foi prejudicado, apesar da denúncia de uma médica sobre falta de profissionais na maternidade no dia 6 de novembro. Em entrevista à TV TEM, o diretor do CHS, Bruno Toldo, disse que houve uma falha na presença de profissionais contratados por uma empresa terceirizada na ala de obstetrícia, por este motivo, menos médicos estiveram presentes no dia em que a denúncia foi registrada. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp O profissional ainda destacou que a escala já está completa e que não haverá mais ausências a partir desta terça-feira, apesar da dificuldade de conseguir médicos especializados ser constante. "Todas as escalas médicas do CHS são um desafio para manter completas, pelo perfil de profissional que a gente precisa na unidade. (...) Somos referência de alta complexidade em diversas especialidades, para 48 municípios, então não é uma escala fácil, é difícil, mas a gente consegue sanar isso", disse Bruno. O diretor também enfatiza que nenhum paciente deixou de ser atendido no dia do plantão mencionado na denúncia. Nove atendimentos obstétricos foram realizados neste dia, além de um parto normal, realizado por uma enfermeira obstétrica com auxílio de residentes. "O atendimento nunca é prejudicado, porque o escopo mínimo para atender as necessidades nunca foi violado. A dificuldade tem, ela é contínua, porque é um hospital público que tem um perfil de trabalho, e as pessoas (médicos) se interessam mais pelo mercado privado, consultórios, onde podem trabalhar de outras formas", acrescentou. Diretor do CHS de Sorocaba (SP), Bruno Toldo TV TEM/Reprodução Uma paciente que teve gêmeas na quinta-feira (6), que preferiu não se identificar, relatou ter enfrentado uma situação de negligência na maternidade. Conforme apurado pela TV TEM, 1.333 mulheres passaram por partos de alto risco no CHS este ano. Segundo a mulher, sua gravidez era de risco e, mesmo assim, demorou para ser atendida na unidade. O diretor foi comunicado sobre este caso e disse à TV TEM que vai abrir uma sindicância interna para apurar o ocorrido. Denúncia da médica O caso gerou repercussão após uma médica registrar um boletim de ocorrência denunciando a falta de profissionais na maternidade do CHS. Conforme apurado pela TV TEM, a mulher disse que fez um plantão sozinha e que, durante 12 horas, não havia outro médico para receber pacientes. Na noite de domingo (9), por exemplo, não havia enfermeiras para fazer partos, segundo ela. No BO, a profissional disse que o setor de ginecologia e obstetrícia do CHS conta com 31 leitos para maternidade de alto risco e que, na quinta-feira (6), três leitos pré-parto e quatro leitos de recuperação estavam com pacientes. O CHS é administrado pelo Serviço Social da Construção (Seconci-SP) e, até o dia dois de novembro, contava com uma empresa terceirizada para a contratação de equipes obstétricas. No entanto, a empresa avisou com 60 dias de antecedência que iria deixar de prestar o serviço. Ainda de acordo com a TV TEM, a médica informou que acionou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a Secretaria Estadual de Saúde e também a direção do hospital na quinta-feira (9). A profissional, inclusive, fez um ofício para a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) pedindo para que as pacientes fossem transferidas para outras unidades. À TV TEM, o CHS disse que está avaliando a situação e que não foi informado sobre a falta de médicos. Reforçou também que nenhum paciente deixou de ser atendido. Em nota, o Cremesp informou que "o caso está sendo acompanhado pela Comissão de Defesa das Prerrogativas Médicas do Cremesp, que está tomando as providências cabíveis, por meio de fiscalização e apuração dos fatos". Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que instaurou uma apuração para averiguar as denúncias registradas pela profissional. Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) Beatriz Pereira/g1 Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM