'Serial killer' acusada de matar 4 pessoas é estudante de Direito e já tentou envenenar colegas com bolo em faculdade em SP
Universitária é presa acusada de ser 'serial killer' e matar 4 pessoas envenenadas em SP. Esta reportagem começa com um novo formato de vídeo. Diga o que v...

Universitária é presa acusada de ser 'serial killer' e matar 4 pessoas envenenadas em SP. Esta reportagem começa com um novo formato de vídeo. Diga o que você achou A "serial killer" presa acusada de matar quatro pessoas é uma aluna de direito que já tentou envenenar colegas da faculdade onde estudava em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a Polícia Civil, foi esse caso, no início deste ano, que levou à prisão de Ana Paula Veloso Fernandes pelos outros crimes nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “Ela foi até a nossa delegacia por conta de um evento de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse bolo envenenado supostamente para tentar incriminar uma terceira pessoa. Através desse inquérito, a gente chegou à conclusão que Ana Paula Veloso não era vítima nesse caso, mas sim uma 'serial killer'”, declarou à TV Globo o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial (DP) de Guarulhos. Fingindo ser outra pessoa, Ana Paula chegou a escrever um bilhete para que os colegas comessem o bolo: “Para a turma de Direito 4D, um ótimo feriadão! Um bolo para adoçar a manhã de vocês!”. No entanto, nenhum dos alunos comeu o bolo envenenado, relatou o delegado. De acordo com Halisson, Ana Paula alegou que fez aquilo porque estava tentando se vingar e incriminar a esposa de um policial militar com quem ela mantinha uma relação extraconjugal. Posteriormente, a delegacia passou a desconfiar de Ana Paula também em outros casos, já que ela também tinha ligação com os lugares onde outras quatro pessoas morreram neste ano. As mortes ocorreram entre janeiro e maio nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Durante as investigações, a polícia concluiu que a universitária matou: Um homem (Marcelo Hari Fonseca) e uma mulher (Maria Aparecida Rodrigues) em Guarulhos; Um idoso (Neil Corrêa da Silva) morador de Duque de Caxias (RJ); E um tunisiano (Hayder Mhazres) na capital paulista. A polícia aponta que Ana Paula envenenou e matou essas quatro pessoas com a ajuda da sua irmã gêmea e da filha de uma das vítimas. As três mulheres envolvidas nos homicídios foram presas. Ana Paula, de 35 anos, foi presa em julho. Sua irmã, Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, acabou detida em agosto. E Michelle Paiva da Silva, de 43, filha de uma das pessoas mortas, foi presa na última terça-feira (7). Marcelo era dono de um imóvel para quem Ana Paula pagava aluguel. Maria era uma pessoa que a estudante havia conhecido num aplicativo de relacionamentos. Neil era aposentado e pai de uma amiga, ex-colega dela de faculdade. Hayer era namorado da "serial killer" (saiba abaixo mais detalhes sobre cada uma das vítimas). Segundo o Ministério Público (MP), Ana Paula contou com a ajuda de Roberta para dar veneno e matar todas as quatro pessoas. Michelle, de acordo com a Promotoria, tem participação numa das mortes — a do próprio pai, Neil. Ela pagou R$ 4 mil para as irmãs matarem o aposentado de 65 anos. 'Serial killer' queria dinheiro, diz MP Ana Paula Veloso Fernandes é acusada pelo MP de SP por quatro homicídios Reprodução Em todos os casos, segunda a denúncia do Ministério Público, o objetivo de Ana Paula e Roberta era o de ficar com os bens e dinheiro das vítimas. Já Michelle contratou as irmãs para matar o pai porque, segundo a acusação, ela não se dava bem com ele. Ela é amiga de Ana Paula, com quem fez faculdade de direito em Duque de Caxias. Depois a "serial killer" seguiu para Guarulhos, onde continuou o curso em outra universidade. Em setembro o MP denunciou Ana Paula pelos quatro homicídios e pediu a conversão da prisão em flagrante dela em preventiva. A Justiça concordou e tornou a "serial killer" ré no processo, além de determinar que fique presa por tempo indeterminado. Posteriormente será marcada uma audiência para que seja decidido se a acusada será levada a júri popular pelos crimes. "Além da gravidade em concreto das infrações cometidas ser indiscutível, bem como de estarmos diante de uma verdadeira serial killer", escreveram os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni na denúncia contra Ana Paula. Roberta e Michelle ainda não foram denunciadas pela Promotoria. A irmã gêmea de Ana Paula deverá ser acusada de participação nas quatro mortes. E a filha do idoso poderá responder pelo assassinato do pai. Exumação das vítimas Filha é suspeita de matar pai envenenado com feijoada Todas as quatro vítimas morreram com edemas nos pulmões e outros sinais internos característicos de envenenamento. Mas o Ministério Público ainda aguarda os resultados dos exames periciais da Polícia Técnico-Científica para saber qual foi a substância usada para matar as pessoas. A suspeita dos peritos é de que possa ser "chumbinho", nome popular para veneno contra ratos. Três dos quatro corpos foram exumados para análise. Somente o tunisiano não foi exumado porque seu corpo seguiu para Tunísia onde foi enterrado. Ana Paula, Roberta e Michelle continuam sendo investigadas pela Polícia Civil, que apura se há mais vítimas. Ana Paula está presa preventivamente numa unidade prisional na capital paulista. Roberta e Michelle estão detidas temporariamente em presídios de Guarulhos. O g1 não conseguiu localizar as defesas das três para comentarem o assunto. Veja abaixo quem são as 4 vítimas da 'serial killer', segundo a acusação: 31 de janeiro: Marcelo Hari Fonseca Marcelo Hari Fonseca foi assassinado por Ana Paula, segundo a denúncia da Promotoria Reprodução Ana Paula é acusada pelo Ministério Público de matar Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, em 31 de janeiro em Guarulhos. O corpo dele foi encontrado em casa em avançado estado de putrefação. A estudante e sua irmã Roberta, que alugavam do homem um imóvel nos fundos, acionaram a Polícia Militar (PM) para atender a ocorrência. A Polícia Civil chegou a investigar o caso, mas ele foi arquivado em 5 de maio por falta de provas. Reaberta, a investigação apontou para a participação das irmãs na morte. A principal suspeita é de envenenamento. A polícia aguarda laudos periciais com os resultados dos exames toxicológicos em Marcelo. 11 de abril: Maria Aparecida Rodrigues Maria Aparecida Rodrigues foi morta por Ana Paula, de acordo com o MP Reprodução Ainda em Guarulhos, Ana Paula é acusada pelo MP de ter matado Maria Aparecida Rodrigues em 11 de abril. A estudante conheceu a mulher. Depois de um tempo de amizade deu café e bolo a ela na casa onde morava com a irmã. Ao voltar para sua residência, Maria passou mal e morreu. A filha da vítima contou à polícia que Ana Paula havia mentido e se identificou com outro nome quando se apresentou à sua mãe. E demonstrou após a morte que queria pegar umas roupas que supostamente teria deixado na residência de Maria. A universitária também não foi ao velório e enterro. 26 de abril: Neil Corrêa da Silva Neil, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense Reprodução O aposentado Neil Corrêa da Silva morreu em 26 de abril após comer uma feijoada levada pela estudante _ela e a filha do homem eram amigas na faculdade. Ele tinha 65 anos. Segundo a investigação, Michelle contratou Ana Paula para que ela fosse de Guarulhos a Duque de Caxias envenenar a comida do pai. A "serial killer" teria matado dez cães durante os testes com o produto para saber se ele faria efeito, de acordo com a investigação. Segundo a polícia, há ainda trocas de mensagens por WhatsApp entre Ana Paula e Roberta que mostram que as irmãs usavam a sigla "TCC", numa falsa referência acadêmica a "Trabalho de Conclusão de Curso". Só que nesse caso, o termo "TCC" era o código para cobrar os R$ 4 mil que Michelle pagaria a elas para matar o idoso. Pai e filha tinham diversos desentendimentos, segundo policiais. Nas trocas de informações entre as polícias de São Paulo e do Rio sobre Ana Paula, surgiu na investigação indícios de que ela participou do assassinato de Neil e também de Marcelo, Maria e Hayder. Veja abaixo: 23 de maio: Hayder Mhazres Hayder Mhazres era da Tunísia e tinha 21 anos. Segundo a polícia, ele foi morto por Ana Paula Reprodução De acordo com a Promotoria, Ana Paula também matou Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos com quem mantinha um relacionamento amoroso em São Paulo. O estrangeiro passou mal em seu apartamento num momento em que a estudante estava com ele. O corpo não foi periciado porque seguiu para a Tunísia. Mas, para a investigação, o jovem foi envenenado. Em depoimento à polícia, familiares de Hayder disseram que Ana Paula dizia estar grávida do rapaz e que os procurou para pedir dinheiro. Segundo a investigação, a estudante mentiu sobre a gestação. Ana Paula Veloso Fernandes, estudante universitária, que tem 35 anos Reprodução