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Presidente do INSS pede afastamento de diretora órgão por ligações com Stefanutto

Léa Bressy Amorim e o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto Foto obtida pelo g1 O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Wa...

Presidente do INSS pede afastamento de diretora órgão por ligações com Stefanutto
Presidente do INSS pede afastamento de diretora órgão por ligações com Stefanutto (Foto: Reprodução)

Léa Bressy Amorim e o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto Foto obtida pelo g1 O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, enviou um ofício ao Ministério da Previdência nesta quarta-feira (19), solicitando o afastamento da diretora Léa Bressy Amorim das funções por proximidade dela com o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto. 🔎Stefanutto foi preso na última quinta-feira (13) durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões no instituto. Ele foi demitido do cargo em abril, após o escândalo se tornar público. Polícia Federal prende ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto Segundo o ofício obtido pela TV Globo, Léa Bressy Amorim é diretora de Tecnologia da Informação do órgão, e responsável por assumir a Presidência do INSS na ausência do titular do cargo. Waller destaca que a diretora tem "notória proximidade pessoal" com Stefanutto, e o órgão precisa prezar pela própria imagem e dar apoio irrestrito à apuração dos fatos. Por isso, se justifica o afastamento dela do cargo. Escândalo das aposentadorias As investigações da Polícia Federal revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O caso foi revelado em 23 de abril, após a primeira fase da operação da PF. De acordo com as investigações, os suspeitos cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles. Na última quinta-feira (13), a PF deflagrou uma nova fase da operação e prendeu o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto e o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho. O esquema consistia em retirar valores de beneficiários do INSS mensalmente, como se eles tivessem se tornado membros de associações de aposentados, quando, na verdade, não haviam se associado nem autorizado os descontos. Investigação da PF sobre fraude nos benefícios do INSS aponta esquema dividido em núcleos político, financeiro e de comando Segundo o ministro da CGU Vinícius de Carvalho informou à época, as associações envolvidas no esquema diziam prestar serviços como assistência jurídica para aposentados e ofereciam descontos em mensalidades de academias e planos de saúde, por exemplo, mas não tinham estrutura. Ao todo, 11 entidades foram alvos de medidas judiciais. Os contratos de aposentados e pensionistas com essas entidades foram suspensos, segundo o ministro da CGU. Os suspeitos são investigados pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.