Lira vê Motta sem pulso; PL busca STF para liberar Malafaia e enquadrar Bolsonaro

Motta perde força no próprio grupo e PL articula uso de Malafaia para conter Bolsonaro Principal fiador de Hugo Motta (Republicanos-PB) no cargo de presidente...

Motta perde força no próprio grupo e PL articula uso de Malafaia para conter Bolsonaro Principal fiador de Hugo Motta (Republicanos-PB) no cargo de presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) está irritado com o aliado. Segundo o blog apurou, Lira tem dito a interlocutores que Motta está sem pulso para comandar a Casa e não escuta ninguém. 📱Acesse o canal da Sadi no WhatsApp Nesta semana, Motta saiu derrotado da tentativa de cassar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de agredir um manifestante na Câmara. O presidente pautou a votação do parecer que recomendava a cassação, mas o Plenário aprovou apenas a suspensão. O desgaste com Motta atinge também a relação com o PL, maior partido da Casa. Dois episódios, em especial, causaram rusgas com a legenda: Motta pautou a votação da cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ala bolsonarista do PL, apesar de ter votado contra, contava com a cassação, pois considera a parlamentar responsável pela derrota de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 e quer se ver livre dela em 2026. Além disso, Motta pautou o PL da Dosimetria, que reduz a pena, mas não livra Bolsonaro da cadeia nem reverte a inelegibilidade do ex-presidente. O texto acabou aprovado. Segundo o blog apurou, nos bastidores, uma ala do PL alega ter sido comunicado da estratégia de aprovar a dosimetria quando ela já estava pronta, e suspeita que Motta tenha fechado o acordo com os presidentes do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), e do União Brasil, Antônio Rueda, e com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), sem envolver outros nomes da legenda contrários a ela. Sem a costura, a aprovação da dosimetria foi insuficiente para encerrar a pressão da ala mais bolsonarista do PL pela anistia, e de encerrar a pressão de Bolsonaro para manter a família à frente da campanha da oposição em 2026. Os setores do PL incomodados com essa pressão buscam, agora, uma articulação junto ao STF para derrubar as medidas cautelares que impedem o pastor Silas Malafaia, uma das principais lideranças evangélicas do país, de visitar Bolsonaro. A expectativa é que o pastor, se puder visitar Bolsonaro, consiga convencê-lo a recuar e abrir caminho para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja o candidato da oposição em 2026.