Acre sai da lista de estados sem lei de segurança alimentar, diz pesquisa
Acre sai da lista de estados sem lei de segurança alimentar, mas segue sem fundo Fábio Tito/g1 O Acre deixou de aparecer entre os estados que não tinham Lei ...
Acre sai da lista de estados sem lei de segurança alimentar, mas segue sem fundo Fábio Tito/g1 O Acre deixou de aparecer entre os estados que não tinham Lei Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional em 2024, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano anterior, o estado figurava na lista das unidades que informaram não possuir legislação para a área. De acordo com a pesquisa, a mudança indica algum avanço normativo no período, embora o instituto não detalhe em que etapa o processo está. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Mesmo com o avanço, o IBGE aponta que o Acre ainda não conta com Fundo Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, instrumento que garante recursos exclusivos para financiar ações e programas. De acordo com o levantamento, apenas o Ceará, Paraíba e Santa Catarina informaram possuir o fundo em 2024. LEIA MAIS: Com 2,6 mil domicílios, Tarauacá tem o maior índice de famílias em risco de insegurança alimentar no AC Projetos do AC podem se inscrever em prêmio nacional que reconhece iniciativas de combate à fome; veja requisitos Deputada do Acre propõe programa que troca material reciclável por alimentos O levantamento também mostra que o Acre tem Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional aprovado pelo conselho estadual, integrando o grupo de 17 estados que possuem o instrumento de planejamento. Por outro lado, nenhum município acreano informou ter Fundo Municipal de Segurança Alimentar, o que limita a capacidade local de financiar ações estruturadas para reduzir a insegurança alimentar. Os dados do IBGE se somam ao cenário identificado pelo Ministério da Saúde entre novembro de 2023 e maio de 2025, que aponta que o Acre registrou 10,7 mil domicílios em risco de insegurança alimentar, 11,2% dos mais de 95 mil avaliados. Já no cenário nacional, 62,8% dos municípios informaram não ter lei municipal de segurança alimentar em 2024. O IBGE ressalta que a falta de legislação e de estrutura específica pode dificultar a implementação de estratégias para garantir acesso a alimentos adequados e combater a insegurança alimentar. Qual é a diferença entre fome e insegurança alimentar Municípios com insegurança alimentar De acordo com dados de um questionário aplicado na atenção primária, chamado de "Triagem para Risco de Insegurança Alimentar", Tarauacá tem a maior proporção do estado, 40,9% dos lares visitados estavam em situação de risco, o equivalente a 2,6 mil domicílios. A triagem considera fatores como acesso irregular a alimentos e necessidade de reduzir a quantidade ou a qualidade das refeições. Outros municípios apresentaram índices elevados: Marechal Thaumaturgo – 25,1% Mâncio Lima – 22,7% Santa Rosa do Purus – 19,6% Porto Walter – 19,1% Porto Acre – 18,2% Os menores percentuais foram observados em: Senador Guiomard – 3,5% Rio Branco – 4,4% Sena Madureira – 4,5% Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos domicílios acreanos em risco têm menores de 18 anos entre os moradores e a maior parte das pessoas que responderam à triagem são mulheres. Além disso, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) define os níveis de insegurança alimentar: Grave: quando pessoas ficam sem comida, podendo passar um ou mais dias sem se alimentar. Moderada: quando há incerteza sobre a obtenção de alimentos, com necessidade de reduzir a qualidade e/ou quantidade do consumo. VÍDEOS: g1